segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O MILAGRE DO AMOR



 Como qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê estava a caminho, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada. Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer.

A gravidez se desenvolveu normalmente. No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro, a cada cinco minutos; depois a cada três; então, a cada minuto uma contração. Entretanto, surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas. Todos discutiam a necessidade provável de uma cesariana.

Até que, enfim, depois de muito tempo, a irmãzinha de Michael nasceu. Só que ela estava muito mal. Com a sirene no último volume, a ambulância levou a recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary. Os dias passaram. A menininha piorava. O médico disse aos pais:

- Preparem-se para o pior. Há poucas esperanças.

Karen e seu marido começaram, então, os preparativos para o funeral. Alguns dias atrás estavam arrumando o quarto para esperar pelo novo bebê. Hoje, os planos eram outros. Enquanto isso, Michael todos os dias pedia aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha.

- Eu quero cantar pra ela, ele dizia.

A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela. Michael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua irmã, mas crianças não eram permitidas na UTI.

Entretanto, Karen decidiu: Ela levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva. Ela vestiu Michael com uma roupa um pouco maior, para disfarçar a idade, e rumou para o hospital.

A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali. Mas Karen insitiu:

- Ele não irá embora até que veja a sua irmãzinha!

Ela levou Michael até a incubadora. Ele olhou para aquela trouxinha de gente que perdia a batalha pela vida. Depois de alguns segundos olhando, ele começou a cantar, com sua voz pequenininha:

- Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...

Nesse momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen encorajou Michael a continuar cantando.

- Você não sabe, querida, quanto eu te amo. Por favor, não leve o meu sol embora...

Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave.

- Continue, querido! Pediu Karen, emocionada.

- Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em meus braços... O bebê começou a relaxar.

- Cante mais um pouco, Michael. A enfermeira começou a chorar.

- Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...Por favor, não leve o meu sol embora...

No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa. O Woman's Day Magazine chamou essa história de "O milagre da canção de um irmão". Os médicos chamaram simplesmente de milagre. Karen chamou de milagre do amor de Deus.

Agora, tente imaginar o que o amor de Deus pode fazer em sua vida. Imaginou?

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