quarta-feira, 31 de março de 2010

PÁSCOA


Mais uma daquelas datas especiais chegou. Aquela em que a gente procura adoçar a vida do pessoal querido, principalmente com chocolate, muito chocolate. É maravilhoso passear pelos corredores dos grandes mercados repletos de ovos de páscoa. Todos os tipos, cores e aromas. Parece uma floresta de delícias, uma afronta aos vigilantes do peso!

Nós compramos, presenteamos, nos preocupamos, buscamos mostrar carinho através do presente e mesmo assim, após tudo terminar, nos encontramos com uma realidade que incomoda um pouco, algo que lá no fundo nos faz lembrar que mais um daqueles momentos de prazer passou e que continuamos os mesmos. Falta a paz.

Esse sentimento está presente em qualquer pessoa normal. Os presentes parecem nos aproximar mais das pessoas queridas, embora saibamos que ninguém pode comprar paz, amor, dedicação e amizade. Isso me faz lembrar que o maior presente de Páscoa veio gratuitamente.

É bem mais importante que uns poucos, ou muitos, gramas de chocolate e traz consigo uma paz que não termina, que permanece para muito além das datas especiais. Foi Jesus que morreu e ressuscitou para trazer paz ao todo de sua vida e em qualquer situação. É paz na páscoa!

Quando é que você vai receber esse sensacional presente? Basta abrir o coração e firmar um pacto eterno com Ele. A Bíblia diz que se você falar com Ele em uma oração simples, não aquelas decoradas, mas de coração pedir que venha dominar sua vida e controlá-la totalmente de maneira que você o obedeça sempre, então, terá a paz que começa agora mesmo e invade a eternidade, sua eternidade.

Vamos comprar ovos de Páscoa? Pode ser, gosto de chocolate, mas o que me importa agora é ver você voltando para casa depois da festa acabar, pondo a cabeça no travesseiro e percebendo que a decisão de entregar-se a Jesus trouxe a paz que nada antes pôde suprir, mesmo que a tenha procurado...

Aí, sim, será uma bela Páscoa!

Avaliar, decidir para mudar ...

Átila

sexta-feira, 26 de março de 2010

NÃO PELO MEU ESFORÇO


Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça (Romanos 3.23-24)

Numa festa religiosa pagã, realizada anualmente na Índia, circulava por várias ruas da cidade um pesado carro, transportando uma imagem gigantesca. Entre a multidão que se acotovelava numa das principais vias públicas da cidade, a fim de saudar a imagem sagrada, encontrava-se um curioso pregador que observava o movimento, cheio de compaixão pela tamanha cegueira espiritual que dominava aquele povo.

Bem perto dele se encontrava uma mulher indiana, carregando ao colo um robusto garotinho, ao qual demonstrava a cada momento as mais ternas expressões de amor, carinho e dedicação. A criança sorria indiferente à movimentação das pessoas.

Quando o carro que conduzia a imagem chegava quase em frente da mulher, esta, num gesto súbito e descontrolado, tomou a linda criança, balançando-a diante das rodas do veículo, sem que ninguém pudesse impedi-la. A indefesa criança foi estupidamente esmagada ante os olhares estarrecidos de uma numerosa multidão de espectadores e fiéis.

Traumatizado e, por que não dizer, revoltado, o pregador segurou fortemente o braço daquela mãe e estarrecido, perguntou-lhe:

- Por favor, minha senhora, diga-me, por que fez isto?

Naquele momento ele a teve por uma mulher mentalmente alienada, mas foi com espantosa frieza e segurança visível que ela lhe respondeu:

- Ofereci a esse deus que adoramos e servimos, com inteireza de coração, o meu maior e único bem. Espero, com esse gesto de renúncia e sacrifício, merecer dele também uma bênção maior!

Que quadro mais tétrico - pensou aquele pregador sacro – se fosse possível fazer com que todos os homens compreendessem que Deus é amor e que mediante esse tão imensurável amor pelo homem, pecador perdido, Ele "deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça...".

Pelos nossos próprios esforços, jamais alcançaremos um livre acesso ao coração do Pai. Tenhamos em mente o fato de haver Ele mesmo sacrificado o mais precioso bem - seu Filho amado - a fim de nos garantir: perdão pelos pecados do passado, do presente e do futuro; paz real e perene com Deus; vida eterna e bênçãos sem limites, mediante o arrependimento sincero dos nossos pecados e confiança no sangue e no poder do Senhor Jesus.

Isso significa que nada mais resta a ser feito pelo homem, na busca de uma bênção maior, conforme imaginava aquela crédula mãe, na sua mais profunda cegueira espiritual. Essa bênção que todos almejamos, porque nascemos para Deus, já foi dispensada há quase dois mil anos e desde então encontra-se ao alcance de todo aquele que, voluntariamente, se dispuser a aceitá-la.

PS: Visite também o blog O assunto em questão

terça-feira, 23 de março de 2010

O BOSQUE



Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.

O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.

Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.

Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo.

Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries. Disse-me ainda, que freqüentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.

Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho. Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.

Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho, havia realizado seu sonho!

O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno.

Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.

Que efeito curioso, pensei eu...

As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.

Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido. Freqüentemente, oro por eles.

Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis: "Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo"... Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações.

Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais.

Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar. Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida é não é muito fácil.

Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.

Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.

Autor desconhecido

PS: Depois de um longo recesso, estou de volta. Aguardem novidades. Loriza