sábado, 16 de setembro de 2023

8 MANEIRAS DE DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS

Enquanto continuamos em nossa jornada para entender e buscar a vontade de Deus para nossas vidas, aqui estão oito maneiras para descobrir Sua vontade e os planos que Ele tem para nós.

• Comunhão com Deus através das Escrituras  Através de Sua Palavra, Deus nos ensina como deve ser a vida cristã, o que não devemos mais fazer como Seus filhos e como evitar as armadilhas da vida (2 Tm. 3:16-17). A Bíblia nos ensina o que o Pai deseja que façamos e nos ajuda a realizá-lo. É o manual de instruções para viver. E Deus nunca nos leva a dizer nada que contradiga o que Ele escreveu em Sua Palavra.

• Circunstâncias da vida – Deus nos fala através das circunstâncias de nossas vidas – o lugar onde Ele nos coloca, as situações em que nos encontramos e as pessoas que Ele coloca ao nosso redor. Ele está trabalhando continuamente em nossas vidas, a cada momento, para nos direcionar em Sua vontade e realizá-la através de nós (Rm. 8:28).

• Conselho – Deus fala conosco através do conselho de outros cristãos. Às vezes precisamos da ajuda de outros cristãos para saber o que fazer em áreas com as quais não estamos acostumados. É por isso que as Escrituras nos advertem a ensinar uns aos outros com um coração puro, consciência limpa e fé verdadeira (1 Tm. 1:5). 

• Consciência — A nossa consciência é a voz interior que atua como um filtro moral. É o alarme que dispara dentro de nós quando somos tentados a fazer algo que não está certo ou quando seguimos na direção errada (Rm. 2:14-15).

• Senso comum — O cristão controlado pelo Espírito deve usar sua mente e bom senso ao discernir a vontade de Deus (Tito 2:11-12)

• Compulsão — O Senhor lhe dá um forte desejo ou o impulso de fazer Sua vontade de acordo com os sussurros de Seu Espírito Santo (Filipenses 2:13). 

• Contentamento — Discernimos a vontade de Deus por meio do contentamento ou tranquilidade que sentimos ao prosseguir em um curso de ação. Quando você estiver trabalhando contra o Senhor, sentirá um atrito espiritual que o deixará desconfortável; quando você estiver no centro da vontade de Deus, sentirá paz com Ele (Filipenses 4:7). 

• Comunicação com Deus através da oração — Ao levar nossas perguntas e preocupações a Deus em oração, Ele promete entender o que estamos vivendo e nos ajudar a entender como Ele deseja que prossigamos (Sl. 119:105).

Deus está continuamente usando os recursos dEle em seu faor. Ele usa todas as maneiras mencionadas acima para mostrar a Sua maravilhosa vontade para sua vida. Não tenha medo de perder de vista a vontade do Pai ou interpretar mal o que Ele está tentando dizer. Ele é capaz de falar com você claramente e o capacitará a fazer o que Ele pedir. 

sábado, 15 de janeiro de 2022

SOBRE MUROS E PONTES



Lembro-me com certa clareza da primeira vez que escutei a expressão de que “Jesus é a ponte que nos liga de volta a Deus”. Eu era recém-convertida e participava de um evangelismo pela primeira vez; minha dupla, bem mais experiente, usava um cubo que contava em poucas imagens o plano da salvação e, em uma delas, havia uma bela representação de uma ponte em forma de cruz.

A cruz de Cristo é a ponte que nos liga, aproxima, reconcilia com o Pai! Em Efésios 2:13-14 está escrito: “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio.” 

Nossa tendência natural é sempre de nos afastar, e porque nos afastamos nos estranhamos, e como estranhos sentimos a necessidade de nos proteger uns dos outros e, assim, construímos muros. 

Muros nos dão uma falsa sensação de segurança e isolamento: este é o meu espaço e aqui dentro estou protegido, nada me atinge. Alguns chegam ao extremo de construir muralhas altíssimas, como foi o caso da cidade de Jericó, ou de comprimento espantoso, como a Grande Muralha da China.

Quando falamos de missões muitos são os muros a serem derrubados. Barreiras que nos afastam e isolam: diferenças culturais, étnicas, religiosas, geográficas, linguísticas, históricas, econômicas, e a lista não para. Poderíamos muito bem cruzar os braços, nos lamentando em frustração por sermos pequenos demais para tão grande obra, porém, não é essa a atitude que Cristo espera de nós. 

Fomos chamados a sermos cooperadores com Ele, a sermos seus embaixadores: “Somos representantes de Cristo. Deus nos usa para persuadir homens e mulheres a deixar as diferenças de lado e ingressar na obra de Deus e para reconciliar os seres humanos com Ele.” [2 Co 5:20 – A Mensagem] 

Ao longo da história, vários foram os homens e mulheres que entenderam esse chamado. Como o apóstolo Paulo, que entendeu que a salvação não se limitava apenas ao povo judeu, mas também aos gentios. Ou William Carey, sapateiro e pregador leigo, e sua esposa Doroty, que no século XVIII receberam o chamado de Deus para levar o evangelho à Índia, tendo traduzido a Bíblia inteira para o Bengalês, Sanscrito e Marathí. 

Ou ainda o jovem inglês Hudson Taylor, estudante de medicina que deixou o conforto de seu país para levar o evangelho à China, onde viveu por 51 anos e fundou uma sociedade missionária que foi responsável pelo envio de mais de 800 missionários ao país. 

O muro nos separa, a ponte nos une. Muros nos distanciam, pontes nos aproximam. A cruz de Cristo foi a ponte que nos trouxe de volta ao Pai, como bem ilustrava o cubo usado por minha dupla naquele evangelismo há muitos anos atrás. Acreditamos que nosso papel – enquanto seguidores de Jesus – é o de levar a boa nova da salvação, a mensagem que Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo. 

E essa deve ser nossa alegria e motivação para nos relacionarmos com o Criador, a criação e, especialmente, para nos relacionar uns com os outros, até Jesus voltar: seguir derrubando muros e construindo pontes.

- Libni Meireles

domingo, 2 de setembro de 2018

SANTA CEIA DE LEONARDO DA VINCI

Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. -  Hebreus 12:2


Uma das telas mais conhecidas e mais famosas em todo o mundo é a Santa Ceia, pintada por Leonardo da Vinci. Ela retrata o Senhor Jesus Cristo com seus doze apóstolos à mesa. Os estudiosos de História e Arte creem que a pintura original era diferente da que conhecemos nos dias de hoje. Conta-se que o artista havia colocado uma finíssima renda nas bordas da toalha que cobria a mesa. 

Da Vinci convidou um grupo de jovens estudantes de arte para que pudessem apreciar sua obra-prima. Ao admirarem o quadro, ficaram bastante impressionados com o primor e perfeição dos detalhes em renda daquela toalha sobre a mesa. O louvor àquele belo trabalho foi expresso em voz alta e com muito entusiasmo. Ao ver a reação dos jovens estudantes, o pintor tomou um pincel e, com golpes longos, cobriu toda a renda, retirando-a completamente da pintura. Após esta atitude, com sentimento incontrolável, gritou aos jovens: "Agora, tolos, olhem para o rosto de Cristo!" 

Que importância temos dado a Cristo em nossa vida espiritual? Muitas vezes nos dizemos cristãos mas damos mais atenção às coisas que estão ligadas ao cristianismo do que ao próprio Senhor e Salvador. Vamos às apresentações de cantores cristãos, não faltamos às reuniões de jovens ou retiros do grupo, marcamos presença no futebolzinho dos finais de semana e até compramos e usamos tudo que possa nos caracterizar como verdadeiros cristãos. 

E Cristo, que posição ocupa em nossa vida? Temos sido sal da terra para os amigos incrédulos? Temos iluminado o caminho por onde passamos? Temos demonstrado o amor que Ele nos ensinou? Ser cristão é ter Cristo no coração em todas as situações. O resto é consequência!

sábado, 25 de agosto de 2018

CARTA ESPECIAL



Rute olhou a caixa dos correios e encontrou uma carta. Apanhou-a, olhou e, antes de abrir, percebeu que o envelope não tinha  selo, carimbo do correio ou nome e endereço do remetente. Em todo o caso abriu e leu a carta.

- Querida Rute, estarei nas imediações sábado à tarde e gostaria de fazer uma visita. Com o amor de sempre, Jesus.

As mãos de Rute tremiam, enquanto ela colocava a carta na mesa. "Porque quereria o Mestre me visitar? Não sou ninguém especial, não tenho nada para oferecer..." 

Com esse pensamento Rute lembrou-se que a dispensa estava vazia. "Oh, meu Deus, eu não tenho nada em casa. Tenho que sair e comprar algo para o jantar". Pegou a bolsa e o dinheiro que tinha, 25 reais e 40 centavos. "Bem, é o suficiente para comprar pão e alguns frios, pelo menos".

Ela colocou o casaco nas costas e correu para a porta. Uma baguete e meio quilo de peito de peru fatiado, um saquinho de leite... e Rute ficou com apenas 12 centavos até a próxima segunda-feira. Mesmo assim, sentiu-se bem ao voltar pra casa, carregando os alimentos que ofereceria.

- Ei, senhora! A senhora pode nos ajudar? 

Rute estava tão absorta em seus planos para o jantar que nem se deu conta das duas figuras na calçada. Um homem e uma mulher, ambos vestidos com pouco mais que trapos.

- Olhe, senhora, eu estou desempregado, a senhora sabe. Minha mulher e eu temos vivido aqui nas ruas e, bem, agora está esfriando e estamos com fome e, bem, se a senhora pudesse nos ajudar, ficaríamos muito agradecidos.

Rute olhou para ambos. Estavam sujos, cheiravam mal e, francamente, ela estava certa de que poderiam conseguir trabalho se realmente o quisessem.

- Senhor, eu gostaria de ajudá-los, mas também sou uma mulher pobre. Tudo o que tenho são alguns frios e pão. Mas terei uma visita importante para o jantar e planejava servir essas compras para ele.

- Está certo, senhora, eu compreendo. Obrigado de qualquer modo.

O homem passou os braços em volta dos ombros da mulher, virou-se e voltou para a calçada. A medida que Rute os olhava partir, Rute sentiu um enternecimento familiar no coração.

- Senhor, espere! - o casal parou e voltou-se, enquanto ela corria em direção a eles - Olhe, por que vocês não ficam com essa comida? Eu arranjarei alguma coisa diferente para servir ao meu convidado - ela estendeu a sacola com as compras.

- Obrigado, senhora, muito obrigado.

- Sim, muito obrigada! - era a mulher do desempregado. Rute pode ver que ela tremia de frio.

- Você sabe, eu tenho outro casaco em casa. Por que você não fica com este aqui? - Rute tirou a jaqueta e colocou sobre os ombros da mulher. E, sorrindo, voltou para a rua, a caminho de casa. Sem o casaco e sem a comida para servir ao convidado.

- Obrigado, senhora, muito obrigado.

Rute estava gelada quando chegou na porta da frente e preocupada também. O Senhor estaria vindo para uma visita e ela não tinha nada para oferecer a ele. Ela enfiou a mão na bolsa para apanhar a chave da porta. Nesse momento percebeu que havia outro envelope na caixa dos correios. "Que estranho, o carteiro não passa normalmente duas vezes no mesmo dia".

- Querida Rute, foi tão bom ver você outra vez! Obrigado pela refeição deliciosa e obrigado também pelo bonito casaco. Com o amor de sempre, Jesus.

O ar ainda estava frio mas, mesmo sem o casaco, Rute não percebeu mais.

Autor desconhecido

domingo, 5 de agosto de 2018

LUBRIFICANDO NOSSOS RELACIONAMENTOS

Não há nada como amar e ser amado

"O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece." I Cor 13:14

Nossa felicidade depende de um bom relacionamento com as pessoas que nos cercam. No lar, no trabalho, na igreja, é necessário levarmos em conta que as peças da máquina da vida social precisam estar bem untadas, para que não haja atritos. O amor é o óleo da vida. Ele amacia, abranda e suaviza. É a força que aquece os corações, o elo que une os seres humanos. O amor é o principal elemento para uma vida feliz.

Numa festinha, as crianças perguntaram a respeito da mãe de cada um. Uma criança  disse: "Minha mãe toca piano melhor que todo mundo!". Uma menininha, apontando para o seu lindo vestido, disse: "Os vestidos que minha mãe faz são mais bonitos que os que são vendidos nas lojas.". Um garoto, entretanto, parecia não ter nada a dizer. Até que alguém lhe perguntou: "E sua mãe não sabe fazer nada?" O menino, com a boca cheia de bolo, murmurou: "Talvez não." Mas logo em seguida ele acrescentou: "Mas é muito fácil de se conviver com ela."

O amor faz a diferença. E essa diferença é vista no seguinte trecho de um autor desconhecido: "Eu amo você não só pelo que você é, mas pelo que sou quando estou com você, não só pelo que você fez de si mesmo, mas pelo que está fazendo de mim. Amo você pela parte de mim que você revela. Amo você por você colocar a mão no meu coração perturbado, passando por alto todas as coisas frívolas e fracas que não há jeito de esconder e trazendo à luz todas as coisas belas e radiantes que ninguém mais havia contemplado o suficiente para encontrar."

Para que tenhamos esse amor, é fundamental, como disse Charles Dubois, "sermos capazes de sacrificar a todo momento aquilo que somos por aquilo que poderíamos vir a ser". Leo Buscaglia sugere: "Só depende de nós darmos aos nossos relacionamentos uma chance. Não há nada maior na vida do que amar e ser amado, pois amar é a principal das experiências". - Amando uns aos outros, pag 192

Jesus veio ao mundo para reatar um relacionamento quebrado. E não foi com argumentos e imposições que Ele abriu o caminho de paz. Ele derramou Seu amor nas peças que atritavam, suavizando nossos fardos e nossos relacionamentos. Quando Ele retornou ao Céu, deixou uma grande faixa ao redor do mundo: "O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei." João 15:12

Pensamento para reflexão: Para que você possa amar de verdade, é necessário derrotar seu amor-próprio.

Meditação Matinal 2000
Casa Publicadora Brasileira

domingo, 22 de julho de 2018

O VOO DE RENOVAÇÃO

A águia vive em média 70 anos

A águia é uma ave muito especial! É a que vive mais tempo, cerca de 70 anos, e é a que voa mais alto. Mas, para que isso aconteça, é necessário que ela passe por uma grande transformação. Nem todas tem coragem de se renovar, então não sobrevivem. Quando chegam aos 35 anos, estão com as penas velha, seus canos grossos - o que as impedem de voar. As unhas e o bico estão cumpridos demais, curvados, impedindo-as de agarrar o alimento e comer. 

Então, numa atitude instintiva e de coragem pela sobrevivência, algumas delas procuram um lugar alto, próximo a uma rocha, onde fazem um novo ninho para o processo que virá. Começando o processo de renovação, batem as unhas contra a rocha até que se quebrem e fiquem em carne viva. Em seguida o bico, batida após batida, até cair. Enquanto isso, a águia é alimentada por outras do grupo, para que sobreviva. Quando as unhas começam a crescer, ela vai arrancando as penas uma a uma. Após aproximadamente 150 dias está completo o processo. Então ela parte para o famoso voo de renovação, com mais 35 anos de vida pela frente.

Parabéns às pessoas que, como as águias, tem a coragem de se olhar no espelho e de provocar essa transformação que, embora dolorida, traz de volta à vida.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

DOUTORA VITÓRIA

O breve encontro com uma menina deficiente auditiva. Texto de Robson Franco.

Estava a caminho do dentista e entra no ônibus uma garotinha com a mãe. Percebo nela o encantamento por uma folha de desenhos, dessas que se vende em papelarias e bancas de revistas. Descemos na mesma parada e cada um seguiu seu rumo. Na volta, chego no ponto de ônibus e reencontro a garotinha conversando com a mãe e apontando para dentro da banca de revista. Peguei-a pelas mãos e adentrei na banca e disse-lhe para escolher. Ela ficou em dúvida entre duas.  Eu não! Paguei uma revista e algumas folhas com desenhos para colorir.

Sua mãe perguntou da menina como se dizia e ela agradeceu. Percebi a dificuldade na fala e só então me dei conta que ela usava aparelhos auditivos. Perguntei qual era o seu nome e, com a autorização da mãe, me disse: Vitória! Sabia que por trás daquele nome tinha a história de uma pequena guerreira.

Sua mãe contou que teve uma gravidez difícil e ela tinha nascido de seis meses. Após uma batalha de meses na unidade neonatal, saiu apenas com sequela nos ouvidos. Mas o sonho da mãe é conseguir moradia em Manaus, no Amazonas, para reduzir custos do deslocamento até o Hospital Adriano Jorge, onde a filha faz tratamento. Se isso acontecesse a criança conseguiria iniciar acompanhamento com fono e psicólogo. Hoje a mãe tem que se deslocar do município de Castanho, no interior do estado, até o hospital para cuidar da filha.

Separada por conta das dificuldades em cuidar da menina, foi convidada para trabalhar no Castanho, mas foi enganada e vive quase abandonada recebendo apenas metade do que lhe foi oferecido. O que me chamou mesmo a atenção foi quando Vitória perguntou à mãe: 

- Ele tem filhos? 

Filha única, deve sentir falta de alguém para brincar e conversar. E, ao me despedir, pois meu ônibus se aproximava, aquela garotinha de nove anos cursando a terceira série do Fundamental me surpreende: 

- Eu vou ser doutora!

E foi assim que uma menina cheia de vida nos olhos me deixou com os olhos cheios de lágrima e a voz embargada ao dizer: 

- Vai sim, Vitória. Doutora Vitória!