terça-feira, 19 de novembro de 2013

ATITUDE É TUDO

Atitude é tudo na vida
João era o tipo do cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ele estava, a resposta seria: 

- Se melhorar estraga. 

Ele era um gerente especial pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, João estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei: 

- Você não pode ser uma pessoa tão positiva todo o tempo. Como você faz isso? 

Ele me respondeu: 

- A cada manhã ao acordar digo para mim mesmo: “João, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor”. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida. 

- Certo. Mas não é fácil, argumentei. 

- É fácil - disse-me João - A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda a situação sempre há uma escolha. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver a sua vida. 

Eu pensei sobre o que João disse, e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha. Anos mais tarde soube que João cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã, foi rendido por assaltantes. Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo pelo nervosismo, desfez combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital. 

Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo. Encontrei João mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu: 

- Se melhorar estraga. 

Contou-me o que havia acontecido perguntando: 

- Quer ver minhas cicatrizes? 

Recusei ver seus antigos ferimentos mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.

- A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu. Então deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver. 

- Você não estava com medo? - perguntei. 

- Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia "esse ai já era". Decidi então que tinha que fazer algo.

- O que fez? - perguntei. 

- Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Ela me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim". Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei: "Sou alérgico a balas!" 

Entre as risadas lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não morto." 

João sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude. Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente. Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO". 

domingo, 7 de abril de 2013

VAMOS PARA O LAR

Meu Blackinho, inesquecível

Tá vendo esse gatinho aí  em cima? É o Black, meu bichano. Dá pra ver que era bem sapequinha, né? Infelizmente ficou pouco tempo comigo, mais ou menos uns três meses, mas encheu minha vida de alegria. Vivia brincando o tempo todo e me seguia aonde fosse dentro de casa. Ele era meu companheiro e com ele nunca me sentia sozinha. Agora mesmo ele estaria aqui, dormindo no meu colo, enquanto escrevo. Acredite, até quando ia tomar banho ele me acompanhava. Além de sapeca meu bichano era muito carinhoso. Já tive alguns gatos, mas como o Black nunca vi. Ele fazia carinho no meu rosto com sua patinha e me beijava com suas lambidas. Meu coração se derretia todo.

O Blackinho (como eu o chamava carinhosamente) nunca tinha saído na rua. Quando eu e meu marido tínhamos que sair o trancávamos dentro de casa justamente para que nada acontecesse. Eu lembro que algumas vezes ele chorava pra sair de noite, ficava miando em direção à porta, mas não deixávamos pra evitar o pior. Logo ele se conformava e procurava meu colo ou ia dormir com o Zé Luís na cama.

Black amava me fazer companhia no computador
Naquela noite eu cheguei um pouco tarde e como de costume ele veio pro meu colo. Fiquei ali fazendo cafuné e em seguida ele saiu rumo ao quarto. Depois de algum tempo senti sua falta e comecei a chama-lo. Nada. Meu marido foi procurar. Nada. Fomos dormir sem o Blackinho na esperança que ele voltasse no dia seguinte.  No outro dia o vizinho falou que o cachorro dele pegou meu bichano e ele não resistiu. Realmente, um cachorro daquele tamanho cravar os dentes num filhote de três meses... não tem como o bichano sobreviver.

Nem preciso falar como fiquei, né? Muito deprimida. Chorei uns três dias seguidos e até hoje sinto falta do meu bichinho. Tenho muita saudade, dos seus olhinhos me olhando, quando colocava o rostinho junto ao meu ou quando ele pulava de manhã cedo na cama. Quando vou fazer as coisas em casa lembro que ele sempre estava junto comigo em todos os afazeres. Muito triste. No começo cheguei a questionar porque Deus permitiu que isso acontecesse. Ele poderia ter me alertado que o Black estava saindo de casa ou mesmo tê-lo protegido. Mas  tudo isso me fez lembrar de uma coisa muito importante: nosso lugar não é aqui. O Senhor criou um mundo perfeito, onde todos viveriam em harmonia, sem violência. Mas infelizmente o homem permitiu que o pecado entrasse no mundo e a maldade se estabeleceu aqui.

Mais um momento de sapequice, adorava uma sacola!
Fico pensando que Deus deve estar muito triste com o mundo corrompido que vivemos. Tomando como exemplo o que aconteceu com meu gatinho, é claro que esse não era o plano do Criador. No mundo concebido por Ele todos os animais viveriam juntos e sem conflito. Mas as consequências dos nossos pecados atingiram até os seres mais inocentes. É claro que não posso culpar o cachorro pela crueldade que fez com meu bichano, ele não sabe o que faz. Por outro lado não me conformo como um bichinho que só trouxe felicidade teve um fim como esse.

Cheguei à conclusão que estou cansada desse mundo mau. Quero logo ir pra casa, onde Deus  está preparando minha morada. Um lugar onde não haverá conflitos, violência, crueldade, sofrimento e morte. Chega de viver aqui, quero ir pra junto do Pai, onde pessoas e animais viverão felizes e em harmonia. Pra quê continuar onde só temos tristezas? E lhes enxugará toda lágrima e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram. Apocalipse 21:4

Quero me preparar a cada dia e cada vez mais para encontrar meu Salvador. Dizer-Lhe que estive ansiosa por esse dia, que queria logo voltar pra casa. Encontrar pessoas queridas na certeza que nunca mais vamos nos separar pela morte. E reencontrar meus bichinhos. Sim, porque sei que o Deus de amor que eu conheço vai leva-los para viver na Nova Terra. Não seria justo a separação dos donos e seus pets se foram tão felizes enquanto aqui viveram.

Meu convite é que você se prepare junto comigo. Quando Cristo apontar nas nuvens do Céu, que eu e você estejamos de pé, prontos para recebe-Lo. Que a cada dia estejamos mais próximos a Ele e que Seu Espírito fale diariamente ao nosso coração. Estou ansiosa para conhecer meu Lar, e você?  Vamos?

Confira abaixo mais um pouco do meu Blackinho.



Texto e imagem: Loriza Kettle