sexta-feira, 26 de março de 2010

NÃO PELO MEU ESFORÇO


Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça (Romanos 3.23-24)

Numa festa religiosa pagã, realizada anualmente na Índia, circulava por várias ruas da cidade um pesado carro, transportando uma imagem gigantesca. Entre a multidão que se acotovelava numa das principais vias públicas da cidade, a fim de saudar a imagem sagrada, encontrava-se um curioso pregador que observava o movimento, cheio de compaixão pela tamanha cegueira espiritual que dominava aquele povo.

Bem perto dele se encontrava uma mulher indiana, carregando ao colo um robusto garotinho, ao qual demonstrava a cada momento as mais ternas expressões de amor, carinho e dedicação. A criança sorria indiferente à movimentação das pessoas.

Quando o carro que conduzia a imagem chegava quase em frente da mulher, esta, num gesto súbito e descontrolado, tomou a linda criança, balançando-a diante das rodas do veículo, sem que ninguém pudesse impedi-la. A indefesa criança foi estupidamente esmagada ante os olhares estarrecidos de uma numerosa multidão de espectadores e fiéis.

Traumatizado e, por que não dizer, revoltado, o pregador segurou fortemente o braço daquela mãe e estarrecido, perguntou-lhe:

- Por favor, minha senhora, diga-me, por que fez isto?

Naquele momento ele a teve por uma mulher mentalmente alienada, mas foi com espantosa frieza e segurança visível que ela lhe respondeu:

- Ofereci a esse deus que adoramos e servimos, com inteireza de coração, o meu maior e único bem. Espero, com esse gesto de renúncia e sacrifício, merecer dele também uma bênção maior!

Que quadro mais tétrico - pensou aquele pregador sacro – se fosse possível fazer com que todos os homens compreendessem que Deus é amor e que mediante esse tão imensurável amor pelo homem, pecador perdido, Ele "deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça...".

Pelos nossos próprios esforços, jamais alcançaremos um livre acesso ao coração do Pai. Tenhamos em mente o fato de haver Ele mesmo sacrificado o mais precioso bem - seu Filho amado - a fim de nos garantir: perdão pelos pecados do passado, do presente e do futuro; paz real e perene com Deus; vida eterna e bênçãos sem limites, mediante o arrependimento sincero dos nossos pecados e confiança no sangue e no poder do Senhor Jesus.

Isso significa que nada mais resta a ser feito pelo homem, na busca de uma bênção maior, conforme imaginava aquela crédula mãe, na sua mais profunda cegueira espiritual. Essa bênção que todos almejamos, porque nascemos para Deus, já foi dispensada há quase dois mil anos e desde então encontra-se ao alcance de todo aquele que, voluntariamente, se dispuser a aceitá-la.

PS: Visite também o blog O assunto em questão

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