domingo, 15 de abril de 2012

O SENHOR QUE PROVÊ


"Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede" (João 6.35).

A todo momento se ouvem citações de preceitos bíblicos, mas, infelizmente, a maior parte das vezes percebemos não haver a menor reverência em tais citações. Não podemos esquecer que a Bíblia é a Palavra de Deus, nela se move, através das suas páginas, uma Pessoa muito importante - Jesus Cristo. Quando Ele andou aqui na terra, não havia fotógrafos, mas a Bíblia nos apresenta muitos retratos dEle. Dentre os muitos, vamos falar de um deles - o pão - que simboliza alimento, provisão. Para que haja desenvolvimento espiritual, carecemos de buscar em Cristo a provisão que fortifica e robustece a nossa vida. Mas também o nosso físico não pode viver sem alimento. O Senhor sabe muito bem disso e dEle temos a promessa de que todas essas coisas nos serão acrescentadas, se lhe dermos o primeiro lugar em nossas vidas.

Há vários séculos passados, alguns soldados inimigos caçavam com todo empenho e persistência certo cidadão que colaborara com Martinho Lutero no seu trabalho de anunciar a salvação pela graça ao povo. A notícia dessa busca se espalhou até chegar ao conhecimento da pessoa em questão. Quando esse homem soube que os soldados já estavam no seu encalço e prontos para prendê-lo, orou a Deus bem mais intensamente do que fazia, pedindo-lhe orientação sobre que atitude deveria tomar em face à situação. Depois de orar adormeceu levemente, e nesse estado pareceu-lhe ouvir alguém dizendo:

- Toma consigo um pão e segue o caminho da cidade alta; ali encontrará uma porta aberta. Entre por ela e se esconda no sótão da casa.

Certo de que se tratava de uma resposta à sua oração, o homem tomou o rumo indicado e, de fato, encontrou a casa, a porta aberta e o lugar designado. Ali escondido, permaneceu durante quatorze dias. Do lado de fora os soldados insistiam na busca. É claro que um pão não sería o suficiente para alimentá-lo durante esse período, mas aconteceu algo surpreendente, que jamais poderá ser tomado como obra do acaso. Foi, sem dúvida, uma providência divina! Todas as manhãs, quase sempre no mesmo horário, uma galinha subia ao sótão e ali punha um ovo. Porém, o que havia de mais curioso e extraordinário nesse fato não era a postura, mas o comportamento da galinha. É que ela nem ao menos cacarejava quando punha o ovo, como fazem as outras.

O homem foi se alimentando com cada ovo ali deixado, até que, ao completarem os quinze dias de confinamento, a galinha não apareceu no sótão. Entretanto, naquele dia o homem ouviu alguém dizendo na rua:

- Finalmente os soldados desistiram da busca.

Aliviado, ele saiu dali e, ganhando a rua, retornou ao lugar de onde viera. Deus conhece nossas necessidades de alimento, assim como sabe que carecemos do pão espiritual, para nos mantermos fortes nas horas de provação.