domingo, 26 de julho de 2009

JOÃO 3:16

Na cidade de São Paulo, numa noite fria e escura de inverno, próximo a uma esquina por onde passavam várias pessoas, um garotinho vendia balas a fim de conseguir alguns trocados.

Mas o frio estava intenso e as pessoas já não paravam mais quando ele as chamava. Sem conseguir vender mais nenhuma bala, ele sentou na escada em frente a uma loja e ficou observando o movimento das pessoas.

Sem que ele percebesse, um policial se aproximou.

- Está perdido, filho?

O garoto maneou a cabeça.

- Só estou pensando onde vou passar a noite e... normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio, mas hoje o frio está terrível... O senhor sabe me dizer se há algum lugar onde eu possa passar esta noite?

O policial mirou-o por uns instantes e coçou cabeça, pensativo.

- Se você descer por esta rua - disse ele apontando o polegar na direção de uma rua à esquerda - lá embaixo vai encontrar um casarão branco. Chegando lá, bata na porta e quando atenderem apenas diga "João 3:16".

Assim fez o garoto. Desceu a rua estreita e quando chegou em frente ao casarão branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta. Quem atendeu foi uma mulher idosa, de feição bondosa.

- João 3:16. - disse ele, sem entender direito.

- Entre, meu filho. - A voz era meiga e agradável.

Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma cadeira de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha aceso.

- Sente-se, filho, e espere um instantinho, tá?

O garoto se sentou e, enquanto observava a velha e bondosa mulher se afastar, pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que aquece a um garoto com frio".

Pouco tempo depois a mulher voltou.

- Você está com fome? - perguntou ela.

- Estou um pouquinho, sim... há dois dias não como nada e meu estômago já começa a roncar...

A mulher então o levou até a sala de jantar, onde havia uma mesa repleta de comida. Rapidamente o garoto sentou-se à mesa e começou a comer. Comeu de tudo até não agüentar mais.

Então ele pensou consigo mesmo: "João 3:16... eu não entendo o que isso significa, mas sei que mata a fome de um garoto faminto".

Depois a bondosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava um quartinho com uma banheira cheia de água quente. O garoto só esperou que a mulher se afastasse e então rapidamente se despiu e tomou um belo banho, como há muito tempo não fazia.

Enquanto esfregava a bucha pelo corpo pensou consigo mesmo: "João 3:16"...Eu não entendo o que isso significa, mas sei que torna limpo um garoto que há muito tempo estava sujo.

Cerca de meia hora depois a velha e bondosa mulher voltou e levou o garoto até um quarto onde havia uma cama de madeira, antiga, mas grande e confortável.

Ela o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo na cama, desligou a luz e saiu. Ele se virou para o canto e ficou imóvel, observando a garoa que caía do outro lado do vidro da janela. E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo: "João 3:16"... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que dá repouso a um garoto cansado".

No outro dia, de manhã, a bondosa senhora preparou uma bela e farta mesa e o convidou para o café da manhã. Quando o garoto terminou de comer, ela o levou até a cadeira de balanço, próximo ao fogão de lenha. Depois seguiu até uma prateleira e apanhou um livro grande, de capa escura..

Era uma Bíblia. Ela voltou, sentou-se numa outra cadeira, próximo ao garoto e olhou dentro dos olhos dele, de maneira doce e amigável.

- Você entende João 3:16, filho?

- Não, senhora... eu não entendo... A primeira vez que ouvi isso foi ontem à noite... um policial que falou...

Ela concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em João 3:16 começou a explicar sobre Jesus. E ali, aquecido junto ao velho fogão de lenha, o garoto entregou o coração e a vida a Jesus.

E enquanto lágrimas de felicidade deixavam seus olhos e rolavam face abaixo, ele pensou consigo mesmo: "João 3:16"... ainda não entendo muito bem o que isso significa, mas agora sei que isso faz um garoto perdido se sentir realmente seguro".

Eu não entendo esse imenso amor que Jesus teve por nós, a ponto de ser crucificado na cruz. Eu não entendo muito bem, mas estou certa que isso faz a vida valer a pena!!!

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

domingo, 19 de julho de 2009

HARMONIA NAS DIFERENÇAS

Você já pensou que o nosso grande problema nas relações pessoais é que desejamos que os outros sejam iguais a nós?


Em se falando de amigos desejamos que eles gostem exatamente do que gostamos, que apreciem o mesmo gênero de filmes e música que constituem o nosso prazer. No âmbito familiar, prezaríamos que todos os componentes da família fossem ordeiros, organizados e disciplinados como nós. No ambiente de trabalho reclamamos dos que deixam a cadeira fora do lugar, papel espalhado sobre a mesa e que derramam café, quando se servem. Dizemos que são relaxados e que é muito difícil conviver com pessoas tão diferentes de nós mesmos. Por vezes, chegam os às raias da infelicidade, por essas questões.

E isso me recorda da história de um menino chamado Pedro. Ele tinha algumas dificuldades muito próprias. Por exemplo, quando tentava desenhar uma linha reta, ela saía toda torta. Quando todos à sua volta olhavam para cima, ele olhava para baixo. Ficava olhando para as formigas, os caracóis, em sua marcha lenta, as florzinhas do caminho. Se ele achava que ia fazer um dia lindo e ensolarado, chovia. E lá se ia por água abaixo, todo o piquenique programado.

Um dia de manhã bem cedo, quando Pedro estava andando de costas contra o vento, ele deu um encontrão em uma menina, e descobriu que ela se chamava Tina. E tudo o que ela fazia era certinho. Ela nunca amarrava os cordões de seus sapatos de forma incorreta nem virava o pão com a manteiga para baixo. Ela sempre se lembrava do guarda-chuva e até sabia escrever o seu nome direito. Pedro ficava encantado com tudo que Tina fazia. Foi ela que lhe mostrou a diferença entre direito e esquerdo. Entre a frente e as costas.

Um dia eles resolveram construir uma casa na árvore. Tina fez um desenho para que a casa ficasse bem firme em cima da árvore. Pedro juntou uma porção de coisas para enfeitar a casa. Os dois acharam tudo muito engraçado. A casa ficou linda, mesmo com as trapalhadas de Pedro. Bem no fundo, Tina gostaria que tudo que ela fizesse não fosse tão perfeito. Ela gostava da forma de Pedro viver e ver a vida. Então Pedro lhe arranjou um casaco e um chapéu que não combinavam. E toda vez que brincavam, Tina colocava o chapéu e o casaco, para ficar mais parecida com Pedro.

Depois Pedro ensinou Tina a andar de costas e a dar cambalhotas. Juntos rolaram morro abaixo. E juntos aprenderam a fazer aviões de papel e a fazê-los voar para muito longe. Um com o outro, aprenderam a ser amigos até debaixo d'água. E para sempre. Eles aprenderam que o delicioso em um relacionamento é harmonizar as diferenças. Aprenderam que as diferenças são importantes, porque o que um não sabe o outro ensina. Aquilo que é difícil para um pode ser feito ou ensinado pelo outro.

É assim que se cresce no mundo. Por causa das grandes diferenças entre ascriaturas que o habitam. A sabedoria divina colocou as pessoas no mundo, com tendências e gostos diferentes umas das outras. Também em níveis culturais diversos e degraus evolutivos diferentes. Tudo para nos ensinar que o grande segredo do progresso está exatamente em aprendermos uns com os outros e a trocar experiências e valorizar as diferenças.